Deusa Hathor | Uma das Divindades Mais Icônicas do Antigo Egito
A deusa Hathor sempre foi lembrada como a divindade da alegria e do amor na mitologia egípcia. Segundo os antigos mitos, ela era considerada filha de Rá. Um dos contos mais conhecidos diz que, em um momento de profunda tristeza, Rá se isolou e recusou-se a falar com qualquer um. Foi então que Hathor — sempre alegre e sem traços de tristeza ou dúvida — dançou diante dele, expondo suas partes íntimas, arrancando-lhe risos e restaurando seu bom humor. Esse episódio não apenas simboliza seu poder transformador, mas também mostra sua importância espiritual e emocional no panteão egípcio.
Acredita-se que o culto à Hathor deusa egípcia já existia mesmo antes do período dinástico, pois sua imagem aparece na famosa Paleta de Narmer, pertencente à Primeira Dinastia do Egito.
O Que Representava a Deusa Hathor?
Com o passar dos séculos, Hathor absorveu atributos de diversas outras deusas e, com o tempo, passou a ser fortemente associada a Ísis — a ponto de, em certos períodos, ter parte de sua posição de destaque substituída por ela. Mesmo assim, Hathor nunca perdeu sua popularidade e permaneceu uma figura central ao longo de toda a história egípcia.
Ela era vista como:
- Uma deusa do céu, com os títulos de “Senhora das Estrelas” e “Governadora das Estrelas”.
- Uma divindade ligada à estrela Sirius, o que a conectava diretamente às deusas Sopdet e Ísis.
- Uma referência ao calendário sagrado egípcio: seu aniversário era comemorado no dia em que Sirius surgia pela primeira vez no céu, sinalizando a chegada da cheia do Nilo.
Além disso, Hathor deusa egípcia era reverenciada como símbolo máximo da beleza feminina e padroeira das artes cosméticas. Sua oferenda tradicional era composta por dois espelhos — objetos que se tornaram ícones de sua imagem religiosa e simbólica. Ela frequentemente aparecia representada em espelhos, paletas de maquiagem e outras ferramentas de embelezamento.
Hathor: Alegria, Amor, Dança e Perfumes
A deusa Hathor era vista como a personificação da alegria, do amor, do romance, da dança, da música, do perfume e até mesmo do álcool. Em especial, seu culto estava fortemente associado ao aroma da mirra, um incenso precioso usado em cerimônias religiosas e rituais de purificação.
A influência de Hathor ia além do aspecto simbólico:
-
Ela tinha poder sobre questões femininas como fertilidade, saúde, parto e amor.
-
Era tida como uma guia espiritual para as mulheres em suas jornadas pessoais e emocionais.
Em termos de materiais sagrados, Hathor era associada a pedras e metais como:
- Turquesa
- Malaquita
- Ouro
- Cobre
Essas associações a tornaram padroeira dos mineiros e guardiã das minas da Península do Sinai — região rica em recursos naturais e espirituais.
No campo artístico e musical, ela era a patrona das dançarinas e protetora dos músicos, especialmente os que tocavam instrumentos de percussão como o sistro, objeto ritual que também possuía significado relacionado à fertilidade. Outro símbolo associado a ela era o colar Menit, utilizado em cerimônias e festivais religiosos.
Templo de Hathor em Dendera: Uma Obra-Prima da Arquitetura Sagrada
O Templo de Hathor em Dendera é um dos monumentos mais bem preservados do Antigo Egito e representa uma joia da arquitetura religiosa. O templo atual foi construído entre 125 a.C. e 60 d.C., no final da dinastia Ptolemaica, principalmente sob o reinado de Ptolomeu VIII. Contudo, inscrições e relevos no local indicam a presença de outros nomes reais do período greco-romano, como:
- Ptolomeu X
- Ptolomeu VI
- Cleópatra VII
- Augusto
- Tibério
- Cláudio
- Calígula
- Nero
A parede externa da colunata está ricamente decorada com cenas representando o imperador Tibério diante de diversas divindades egípcias. Em uma dessas cenas, o imperador oferece oferendas a Hathor e a seu filho Ihy, reforçando a continuidade do culto mesmo durante o domínio romano.
A impressionante colunata do templo é composta por 24 colunas, dispostas em 6 filas com 4 colunas em cada uma. O destaque dessas colunas está em seus capitéis “hatóricos”, com rostos esculpidos da deusa Hathor, que oferecem um impacto visual marcante e simbólico.
Entre os relevos mais importantes do templo, merecem destaque os do teto, especialmente:
- As representações da deusa Nut, com seu corpo arqueado e decorado com estrelas.
- Constelações e signos zodiacais que reforçam a relação entre religião, astronomia e espiritualidade.
Um dos tesouros mais famosos do templo era o Zodíaco de Dendera, uma cena no teto ocidental que representava os 12 signos zodiacais conhecidos: Leão, Câncer, Escorpião, Virgem, Libra, Capricórnio, Aquário, Peixes, Touro, Áries, Gêmeos e Sagitário. Hoje, o original encontra-se no Museu do Louvre em Paris, e o templo abriga uma réplica detalhada.
As paredes do templo seguem um padrão decorativo que mostra os faraós e imperadores realizando oferendas a Hathor e outras divindades, mantendo a tradição religiosa viva através das imagens esculpidas em pedra.
Uma Conexão Viva com o Passado
O culto à deusa Hathor não era apenas um ritual religioso; era uma expressão profunda da espiritualidade, do feminino e do prazer de viver. Sua imagem transcendeu gerações, dinastias e até culturas estrangeiras que dominaram o Egito, provando sua importância atemporal.
Quer receber dicas exclusivas sobre sua viagem ao Egito e conhecer de perto o templo da Deusa Hathor em Dendera? Entre em contato com a nossa equipe e descubra como viver uma experiência autêntica, mística e inesquecível!