Tel El-Amarna – Cidade de Akhetaton
Tel El-Amarna, também se chama “Amarna” e no antigo Egito foi conhecida pelo nome Akhet-Aton que significa ‘Horizonte de Aton’. É uma das mais atrativas regiões no Egito. Situa-se na margem oriental do rio Nilo, no Meio Egito, na província de El Minya. É a cidade fundada pelo rei Akhenaton da dinastia XVIII em 1380 a.C aprox.
Amarna está a 312 km do Cairo e a 58 km a sul da cidade de El Minya. A região contém as ruínas da capital construída por Akhenaton, ruínas do palácio real, ruínas do templo de Aton e a necrópole. A cidade antiga de Akhet-Aton mede 12 km do norte para sul.
Akhenaton era um rei pensativo diferente dos outros monarcas da dinastia XVIII. Quando sucedeu o trono do Egito após a morte do seu pai Amenhotep III, começou divulgar uma nova fé baseada na adoração de um só deus, razão da vida e o criador do mundo sem sócio, e que lhe deu o nome “Aton” e foi simbolizado sempre pela forma do disco solar que dá raios terminando por mãos humanas levando a chave da vida.
O Nascimento de Tel El-Amarna
Akhenaton ficou em Tebas 6 anos depois da sua coroação fazendo o papel de um missioneiro. Como a religião nova trata da idéia do único deus e rejeitava todas as outras antigas formas politeístas, ocorreu um conflito árduo entre Akhentón e o clero das outras divindades sobretudo os poderosos sacerdotes de Amon – deus principal do império – . O conflito levou a emigração de Akhenatón e os fiéis a uma região que está a 400 km a norte da capital Tebas, e deu o nome Aket-Aton (o horizonte de Aton ). Consecutivamente Akhenatón mandou a transformar a capital do reino. Conforme uma estimativa a cidade tinha cerca de 20,000 habitantes.
Depois da morte misteriosa de Akhenton, Tutankhamón – provavelmente foi o filho de Akhentaon ou meio irmão do rei – voltou para a cidade de Tebas e mudou o seu nome de Tut-ank-Aton a Tut-Ankh-Amón, restaurando paz e paz no país e fez reconciliação com o clero de Amon aceitando outra vez uma convivência com o politeísmo tradicional antigo. Tudo isso levou ao declínio da cidade de Akhet-Atón, pois os reis depois do reinado de Akhenaton, tentaram remover o nome deste das listas dos reis e destruir toda a memória de Aton e Akhenatón e por tanto a cidade de “Akhet-Aton foi sujeita ao desleixo e a demolição. A necrópole de Tel El-Amarna contém 25 túmulos escavados a pé das colinas rochosas; 6 estão situados no lado norte e 19 no lado sul.
Muitas ruínas de casas foram encontradas pelas escavações a partir do século XIX. E ali também muitas estátuas da família real foram descobertas. Em 1887 uma mulher rural achou por acaso um conjunto de tabletes redigidos em escrita acadiana cuneiforme, que são cartas em pedras enviadas pelos governadores das províncias asiáticas ao rei Akhenaton na cidade de Akhet-Aton e portanto são conhecidas como “Recados de Amarna“.
Tel El-Amarna Pós Akhetaton
Akhet-Aton foi re-habitada na Época Greco-romana e na primeira era do Cristianismo quando alguns túmulos foram transformadas em capelas cristãs ou igrejas pequenas para praticar o cristianismo. No século XVIII a região foi denominada “Tel El-Amarna” devido a emigração da tribo dos árabes nómadas “Bani Umran” á essa área. que atualmente é uma vila com atividades rurais.
Pelas ruínas achadas na cidade de Akhet-Aton destacamos um novo estilo de arte chamado o estilo de Amarna ou ” a Escola de Amarna” caracterizada pelos temas liberais, e o realismo excessivo. Na verdade este estilo de arte que continuou cerca de 18 anos, atingiu um nível muito avançado graças à liberdade concedida por Akhenaton aos artistas, porém com a morte deste terminou o estilo de Amarna embora continuou algumas influências durante o reinado de Tutankhamon e Hormohep.