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Museu Egípcio
Continuando a nossa série sobre o Museu Egípcio do Cairo, vamos continuar contanto para você um pouco mais deste acervo, que é um dos mais interessantes do mundo.
Museu Egípcio do Cairo fica em um grande edifício e exibe tesouros da História egípcia antiga, dando-nos evidências da maravilhosa capacidade mental e habilidade artística do homem egípcio antigo.
Egito e a Expedição Francesa
Antes da chegada da Campanha Francesa, por Napoleão Bonaparte, ao Egito, em 1798, a história antiga do Egito era quase desconhecida. A Expedição Francesa trouxe mais de 165 estudiosos e cientistas em todas as especialidades para estudarem todos os aspectos da vida egípcia: a geografia, zoologia, geologia, história, religião, tradições, leis etc.
Os cientistas mostraram grande vontade e entusiasmo em estudar todo o mundo egípcio, sobretudo a História e os monumentos antigos. Sem dúvida, o encanto e a grandeza de tais monumentos atraíram muitos deles a percorrer quase todas as regiões do território egípcio, sobretudo no Alto Egito.
Os monumentos egípcios antigos foram o maior campo de estudo e pesquisa para alguns desses historiadores e pesquisadores.
Anos depois, surgiu o trabalho do historiador e pintor francês Vivian Dinon, que ficou encantado pelas maravilhas egípcias. Seu trabalho resultou no livro “Viagens para o Baixo e Alto Egito”, publicado em Paris em 1803.
Também graças a outros pesquisadores franceses que vieram com a Expedição Francesa foi publicado o livro “Description de l’egypte”. A obra compreende todos os aspectos da vida no Egito do século XVIII, com nove volumes e onze de pinturas e ilustrações.
A Descoberta da Pedra de Roseta
A descoberta da Pedra de Roseta resultou na descoberta da Língua Egípcia Antiga, um acontecimento crucial na História da humanidade. Com este avanço, as escrituras gravadas nas paredes dos templos e os túmulos foram decifradas e nos forneceram grandes dados sobre a história, civilização, religião e arte no antigo Egito.
No século XIX nasceu uma nova ciência na Europa: a Egiptologia. Historiadores, arqueólogos, aventureiros, migratórios e caçadores de tesouros vieram para o Egito encantados pela sua história e cultura, começaram a escavar em sítios arqueológicos por todo o país. Infelizmente, ocorriam roubos de monumentos e objetos históricos e surgiu um grande mercado de Antiguidades Egípcias na Europa.
Como não havia muito controle sobre as escavações, os objetos egípcios ficaram sujeitos a roubo, tráfico, contrabando e desleixo por quase 50 anos. O governador Mohamad Ali foi o pioneiro da modernização do Egito e conservou os monumentos e objetos descobertos num edifício em Saladino, no Cairo, proibindo o tráfico dos monumentos fora do país.
O Primeiro Museu do Egito
Em 1857, o egiptólogo Mariette Pacha fundou o primeiro verdadeiro museu no Egito. O pequeno edifício contava com quatro quartos onde estavam expostos objetos e antiguidades egípcias. Com a cheia do rio Nilo, o acervo foi transferido para um anexo do palácio real do governador egípcio Ismael Pacha, na cidade de Giza.
A Construção do Museu Egípcio do Cairo
O Museu Egípcio do Cairo que conhecemos hoje foi fruto de grandes esforços e boa vontade para conservar o patrimônio egípcio antigo.
No fim do século XIX, foi anunciado um concurso internacional entre empresas europeias para construir o museu. A ganhadora do concurso foi uma empresa da Bélgica, por isso a fachada do foi decorada no estilo Greco-romano.
O prédio do museu foi idealizado pelo arquiteto francês Marcel Dourgnon, no modelo neoclássico. A construção foi de 1897 a 1901. Em 5 de novembro de 1902 o museu foi inaugurado oficialmente.
A Fachada do Museu Egípcio do Cairo
O Museu Egípcio do Cairo fica na praça do Tahrir , no centro do Cairo. É um edifício imenso com um pátio externo vasto. O museu tem uma cafeteria e livrarias que vendem lembrancinhas, postais, mapas, guias e livros de história e arte egípcia.
No pátio do museu, em frente ao portal interno há três bandeiras. A primeira é a Bandeira Nacional, a segunda representa o Ministério de Cultura, e a terceira pertence ao Supremo Conselho das Antiguidades Egípcias.
Na parte superior da fachada estão escritas duas datas. A primeira é 1897, que se refere à data do início das obras de construção, enquanto a segunda é 1901. Há também duas letras – ao lado direito e ao lado esquerdo -, são as letras “A” e “H”, indicando o governador Abbas Helmi.
No centro da fachada se encontra a cabeça da deusa Hathor. A mitologia conta que a deusa amamentou Hórus quando era bebê, durante a ausência da sua mãe Isis. Hathor era a deusa do amor, da alegria, da música e da maternidade e podia aparecer de três formas. A primeira como uma vaca inteiramente, a segunda em forma híbrida – com corpo de mulher e cabeça de vaca -, e a terceira forma é uma mulher, mas com dois chifres de vaca em cima da cabeça e o disco solar entre eles.
Na fachada, encontramos o busto de Hathor, representada com rosto humano, dois chifres e o disco solar. Ao seu lado, à direita e à esquerda há uma representação da deusa Ísis – a esposa de Osíris, e mãe de Hórus.
Ísis é uma das divindades fundamentais da Teologia Egípcia Antiga. É a deusa da maternidade, fidelidade, e magia. Na fachada do Museu Egípcio do Cairo, vemos a deusa em forma greco-romana.
A fachada foi decorada segundo o estilo greco-romano e conta com duas colunas iônicas. Afinal encontram-se nomes de reis egípcios antigos escritos dentro de medalhões.
Nos dois lados em frente da entrada do museu há duas esfinges que dão ao visitante uma impressão especial como se estiver entrando um templo egípcio.
O Jardim do Museu Egípcio do Cairo
No jardim do museu, encontramos alguns monumentos, a maioria data do período do Novo Reino (1570-1080 A.C aprox.). Ao oeste extremo do pátio encontra-se um cenotáfio – um túmulo simbólico – construído em homenagem a Mariette Pasha. A peça está rodeada por bustos de egiptólogos famosos como Champollião, Mariette, Selim Hassan, Labib Habashi, Kamal Selim e outros.
No centro do pátio se encontra uma fonte cheia de papiro e lótus. O papiro era o símbolo do Baixo Egito (o norte), enquanto o lótus era o símbolo do Alto Egito (o sul). O papiro encontra-se nos pântanos da região do Delta no norte do Egito. É uma planta que precisa de grande quantidade de água e mede quase 2m de altura. No Egito Antigo os papiros eram usados para fazer papel, sandálias e barcas. O lótus se encontrava no sul do país em duas espécies: o lótus azul e o lótus branco. A flor de lótus foi o símbolo da ressurreição, e além do papiro, o lótus deu inspiração aos arquitetos antigos para decorar as colunas e capitéis.
O Maior Museu no Egito
O Museu Egípcio do Cairo tem um dos maiores acervos do mundo, com cerca de 120.000 objetos expostos e mais de 100.000 objetos conservados nos armazéns.
A exibição dos objetos é organizada em dois andares segundo uma ordem cronológica e deve ser vista no sentido horário. A visitação é iniciada a partir do Período Pré-dinástico (Época Arcaica), passando pelo Antigo Reino, o Médio Reino, o Novo Reino, o Período Tardio e termina pelo início da Época Grega no Egito.
O segundo andar é dedicado, fundamentalmente, para exibir a coleção de Tutancâmon, os objetos do túmulo do casal Yoya e Tuya que foi achado em Luxor e a Sala das Múmias Reais.
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