Der Al-Madina
Der El-Medina ou Der Al-Madina é um dos mais importantes locais arqueológicos e históricos do Egito. Localiza-se perto do Vale das Rainhas, na margem oeste de Luxor. É um lugar impressionante e de grande valor histórico, mas não costuma ser visitado pela maioria dos turistas.
Der El Medina foi vila dos artistas, artesãos e trabalhadores que criaram, construíram e decoraram os túmulos dos reis, rainhas e grandes príncipes do Egito, que deslumbraram o mundo inteiro quando foram descobertos.
Der El Medina contém um cemitério famoso e bem preservado que pertence aos artistas e operários que trabalhavam no vale dos Reis. Acredita-se que a área foi usada por cerca de 500 anos durante o Império Novo. Der Al-Medina significa “mosteiro da cidade”, devido à presença de um templo da época Ptolemaica nas proximidades, que foi transformado a um mosteiro cristão e foi usado durante certo tempo como um mosteiro cóptico.
Este lugar foi conhecido na época egípcia antiga como “Set_Maat” que significa o lugar de Maat ou (o lugar da verdade), enquanto os operários eram considerados “servos no lugar da verdade”.
A comunidade aparece provavelmente ter no início da Dinastia XVIII, pelo menos no reinado de Tohotmuse I (cujo nome foi encontrado nos tijolos das paredes da aldeia), ou talvez alguns anos antes – sobretudo no reinado de Amenhotep I (Aprox. 1526 a 1506 A.C) porque os habitantes dessa vila sempre apreciavam e veneravam este rei e a sua mãe , a rainha Ahmose Nefertari.
Os Trabalhadores de Der El Medina
Sabemos muitos sobre a vida dos trabalhadores de Der El Medina: sabemos que os trabalhadores e artistas que viveram em Der El Medina foram divididos em dois esquadrões, que cada equipe trabalhava por 8 horas por dia e tinha o direito de tirar dois dias de folga a cada oito dias de trabalho.
Supervisionados por um chefe, cada esquadrão tinha 15 a 30 pessoas que trabalhavam nas tumbas reais. Os trabalhadores eram pagos em cereais e outros itens, tais como peixes, legumes, óleo, água e sal além de tecidos. Em ocasiões especiais, como nas festas, eles recebiam um bônus em forma de mais alimentos, como carne ou frango de qualidade mais nobre.
Quando o trabalho de escavar uma tumba real terminava, os trabalhadores paravam por um tempo e registros indicam que os artesãos, muitas vezes, têm sido empregados em outras tarefas. Eles também recebem um privilégio especial quando os reis lhe permitem que possam construir os seus próprios túmulos.
Eles traziam água potável pelo rio Nilo – através de uma viagem de 2 km – mas também eles conseguiram perfurar poços artesianos até 52 metros de profundidade, depositando água em cisternas, urnas e vasos.
O local de Der Al-Madina foi escavado no início do século XX pelo arqueólogo e egiptólogo italiano Ernesto Schiaparelli, e mais trade outro trabalho valioso foi realizado por Bernard Bruyere e Jaroslav Cerny.
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A vida em Der Al-Madina
Registros importantes sobre a vida cotidiana na vila antiga de Der Al-Madina foram descobertos nas ruínas das casas do local. Os registros foram na forma de ostracas ( ou fragmentos de pedra calcária e cascos usado para escrever) e papiros.
A vila dos trabalhadores e artistas em Der Al-Madina é um exemplo perfeito das comunidades bem-documentadas do mundo antigo.
Os túmulos dos trabalhadores de Der Al-Madina são bem menores do que as tumbas dos reis no Vale dos Reis, e são mais parecidos com os túmulos dos nobres. A maior parte desses túmulos é pintada impressionantemente, e decorada com cenas lindas em cores vivas.
No lado norte da de Der El Medina existe um templo do templo da época da dinastia ptolomaica, que foi construído no século III A.C, e acrescentado posteriormente. O templo original foi dedicado a Maat e Hathor, cujas cabeças enfeitam os pilares do templo.
Entre os túmulos mais destacados de Der El Medina:
- Túmulo de Inerkhau: Chefe do trabalho do senhor das duas terras no lugar da verdade durante o reinado de Ramsés III e Ramsés VI.
- Túmulo de Sennedjem: Artista que viveu no reinado de Seti I e Ramsés II.